domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Antes de começar", Companhia de Teatro Sonho- Sala nº1 do Jardim de Infância de Prenhô

O grupo de crianças da Sala 1 do Jardim de Infância de Prenhô, Educadora e Auxiliar concretizaram uma visita de estudo que consistiu em assistir a uma peça de teatro "Antes de começar", de Almada Negreiros, pela Companhia de Teatro o Sonho no dia 30 de Janeiro, realizada em Perafita, Matosinhos.
Saímos por volta das nove e meia com as crianças todas animadas em cantorias durante o trajecto. Às onze, parámos na área de serviço de Águas Santas durante o tempo necessário para as crianças lancharem e fazerem as suas necessidades fisiológicas.
Chegámos à Perafita perto das doze horas, assistindo ao espectáculo na primeira fila por gentileza dos organizadores do espectáculo.

"Trata-se de um espectáculo de um grande interesse didáctico para as crianças. O texto possui uma grande magia e uma enorme carga poética, onde se valoriza a recompensa da entrega à amizade e ao amor. A história de dois bonecos que ao descobrirem que se podem 'mexer como pessoas', a pouco e pouco se vão descobrindo também a si próprios. Boneca e boneco despertam-nos para a verdadeira importância quer das emoções quer da razão. A encenação criou um espectáculo onde a música, a cor e a luz têm papel preponderante, fazendo que permaneça na memória de todos."

Durante cinquenta e cinco minutos, a descrição mencionada atrás, e registada no folheto da Companhia, torna-se incompleta, pois a própria caracterização das personagens, a fantasia dos bonecos, o ambiente com os jogos de luz, as brincadeiras primeiro hesitantes dos bonecos, depois audazes, retratam as brincadeiras da infância.

A reacção de todo o grupo foi, primeiro de surpresa, de encanto, com o decorrer assistiu-se a uma entrega emocional das crianças, que se revelava ora de riso, ora de expectativa, pelo som, pelo texto, prendendo-as até ao final sempre interessadas. No final, bem conseguido, a interacção dos actores com as crianças, através das brincadeiras com bolas gigantes, jogadas por todo o público, beijinhos, música, contribuíram para que as crianças assistente, se sentissem parte integrante do espectáculo.

E a sonhar, desejavam, nessa noite, surpreender, participar em brincadeiras, com os seus bonecos, brinquedos, lá, em casa.
No final da peça, fomos de autocarro ao parque da cidade, onde fizemos um piquenique, alegre e divertido, com brincadeira e comentários das crianças sobre o teatro.
Às quinze horas e quinze minutos, iniciámos a viagem de regresso, chegando ao Jardim de Infância por volta das dezasseis horas e trinta minutos.
Cansados da brincadeira, mas felizes e ansiosos por uma nova visita de estudo.
Os objectivos iniciais eram proporcionar às crianças oportunidade de contactar com actividades culturais próprias da sua faixa etária, difícil de acontecer em Baião, meio pobre em iniciativas culturais deste género.
Além de despertar as emoções das crianças através da mensagem da peça, baseada na amizade e companheirismo, que não só através do texto foi conseguido, mas também pela representação e acção das personagens.


Os objectivos propostos foram atingidos, enquadrados nas áreas de conteúdo:

  • Conhecimento do mundo, fundamentado nas orientações curriculares "A área de conhecimento do mundo enraíza-se na curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender porquê. Curiosidade que é fomentada e alargada na educação pré-escolar, através de oportunidades de contactar com novas situações que são simultaneamente ocasiões de descoberta e de exploração do mundo."

  • Área de formação pessoal e social. - Em geral, as pessoas crescem e aprendem através da experiência, e é na experiência que podem encontrar orientações para o seu comportamento. Tais orientações que tendem a organizar a vida podem ser chamadas de "valores". Assim, a origem dos valores está na experiência, que é o seu principal factor de evolução. Naturalmente, diferentes experiências dão origem a diferentes valores. Os valores não são estáticos, eles evoluem no contexto cultural das experiências que vão sendo proporcionadas quer às crianças quer aos adultos. As actividades educacionais que se proporcionam às crianças devem dirigir-se, centrar-se e organizar-se à volta do processo de valoração. O educador é concebido como facilitador e o seu principal trabalho é o de criar condições que permitam à criança evoluir no processo de aquisição de valores. Esta é uma área transversal a todas as componentes curriculares.

Educadora Manuela Freitas

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